25 de maio de 2017

Influências nas Construções de Brasília

Por causa de sua arquitetura única no mundo, Brasília é a primeira cidade moderna a ganhar o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 7 de setembro 1987 como marco da arquitetura e do urbanismo moderno, detentora da maior área tombada do mundo – 112,25 km².

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A arquitetura de Brasília teve influências nos grandes nomes dos arquitetos modernistas como Mies Van der Rohe e Walter Gropius, principalmente no franco-suiço Le Curbosier, que pessoalmente inspirou o Lúcio Costa e o Oscar Niemeyer. Os projetos dos modernistas eram marcados pelo racionalismo e pelo funcionalismo. Projetado em 1936, durante o período do governo de Getúlio Vargas pela equipe de arquitetos: Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Moreira e Ernani Vasconcelos, liderados por Lúcio Costa, o Ministério da Educação e Saúde do Rio de Janeiro foi a primeira obra moderna de repercussão nacional. Orientado pelo Le Curbosier, o edifício foi feito de acordo com os princípios do modernismo construído sobre pilotis com planta baixa livre que permite maior mobilidade.

Mies Van der Rohe

Mies Van der Rohe

Walter Gropius

Le Curbosier

Oscar Niemeyer é o primeiro a criar um estilo próprio e diferenciado; ele abandona o funcionalismo dos ideais modernos e introduz na sua arquitetura as curvas livres, que buscam a beleza – características que se fazem evidentes no Conjunto da Pampulha (1942-1943), em Minas Gerais, quando JK era prefeito de Belo Horizonte, e que aparece também nos famosos edifícios de Brasília. Ele transformou Brasília num marco da arquitetura mundial.

Em suas palavras: “Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas nuvens do céu, no corpo da mulher amada. De curvas é feito todo o universo.” (o poema da curva. Oscar Niemeyer)

O urbanista Lúcio Costa, autor do projeto do Plano Piloto, explica de maneira simples a criação dos elementos centrais da cidade: “Nasceu do gesto primário de quem assinala o lugar ou toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz”.

Muitos arquitetos podem sonhar uma cidade. Mas quantos sonharam a cidade e as viram construídas? Lúcio Costa (1902-1998) foi verdadeiramente um dos poucos privilegiados que em vida sonhou, construiu, e também viu florescer a cidade que “inventou”, como ele dizia.

Brasília representou um projeto de nação pensada por Lúcio como cidade aérea e rodovia e sobre tudo como cidade parque.

Não há cidade no mundo que possa se comparar a Brasília com sua paisagem única, resultado de uma equipe de grandes homens com uma visão tão forte, como Oscar Niemeyer, Lúcio Costa e também Roberto Burle Marx. Construída para anunciar a chegada do Brasil no cenário mundial. A cidade é um museu a céu aberto onde às obras arquitetônicas tem status de obras de arte.