Antecedentes da construção de Brasília
Em 1751 o Marquês de Pombal foi o primeiro em manifestar a possibilidade de transferir a capital da Colônia para o interior por motivos de segurança.
Em 1789, um grupo de patriotas – os Inconfidentes Mineiros – incluía em seu programa de ação a mudança da Capital para o interior do país. No ano da mudança – 1960 – os oito milhões de quilômetros quadrados do Brasil têm 90% de seus habitantes em pouco mais de um terço de sua faixa litorânea. As ideias, no entanto, no tiveram eco no período do Império.
Com o advento da República, em 1889, entretanto, as ideias mudancistas voltaram a ganhar espaço na cena política. O desmonte do Estado Imperial exigia, da recém-proclamada República, um grande esforço e ao governo republicano preocupava: a grande extensão do país que podia colocar em risco a unidade nacional.
Na primeira constituição republicana promulgada em 24 de fevereiro de 1891 fala no seu artículo 3º “Fica pertencendo à União, no planalto central da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada, para nela estabelecer-se a futura capital da República”.
No ano seguinte o Presidente Floriano Peixoto fiel a Constituição envia a “Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil” chefiada pelo engenheiro e astrônomo belga Luiz Cruls que durante ano e meio realizam estudos sobre topografia, clima, solo, geologia, fauna e flora. Em 1894 a missão apresenta um substancioso relatório do território, sem que, no entanto fosse posta em prática a transferência da Capital.
Missão Cruls
Em 18 de abril de 1956 o presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira assina na cidade de Anápolis a mensagem que deu criação a uma sociedade que se encarregaria de todas as tarefas referentes à construção da nova Capital.
No dia 12 de março de 1957 é classificado como vencedor o plano urbanístico de Brasília apresentado pelo arquiteto e urbanista brasileiro Professor Lúcio Costa.
Projeto Lúcio Costa
No dia 21 de abril de 1960 é oficialmente inaugurada a nova Capital – Brasília –
“todo momento histórico tem o homem que merece”. A hora brasileira de interiorizar sua capital encontrou o mentor preciso – o presidente JK. Selecionando, harmonizando, dirigindo e estimulando as equipes técnicas de trabalho, de fiscalização e de controle, levou a termo, no prazo previsto, no padrão preestabelecido, a tarefa da aparência impossível, de dimensões inéditas, de complexidade absorvente. Homens à prova de tudo, superpostos à descrença, à negação, a suspeita, à acusação, á fadiga. E assim Brasília se ergueu tendo como material principal o material humano.
Inauguração de Brasília
Em sua última mensagem ao Congresso, o presidente brasileiro reafirmou sua fé no plano que constitui um dos seus ideais de governo:
“Com a nova capital há de vir, querendo Deus, um tempo de abundancia e de genuína fraternidade que permita indistintamente a todos os brasileiros a fruição dos bens da cultura e do progresso”.
Presidente Juscelino Kubitschek